O objetivo do evento é promover, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), um encontro para proporcionar a troca de experiências e informar sobre conservação de áreas naturais e espécies nativas e a criação de Reserva do Patrimônio Público Natural Municipal (RPPNM).

 Será realizado neste sábado, dia 9, a partir das 9h, na Airumã Estação Ambiental em Santa Felicidade, o 2º Encontro de Integração dos Proprietários de Bosques Nativos da Região Oeste de Curitiba (regionais Santa Felicidade e Cidade Industrial) e participantes do projeto Condomínio da Biodiversidade (ConBio), da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS).

O objetivo do evento é promover, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), um encontro para proporcionar a troca de experiências e informar sobre conservação de áreas naturais e espécies nativas e a criação de Reserva do Patrimônio Público Natural Municipal (RPPNM).

Segundo Elenise Sipinski, coordenadora do projeto da SPVS, a finalidade do ConBio é incentivar as boas práticas na conservação de áreas e estimular os proprietários a criarem RPPNMs. “Os benefícios dessa iniciativa são inúmeros, além da isenção de impostos, os proprietários podem vender o potencial construtivo de suas áreas para imobiliárias, ou seja, eles podem comercializar o equivalente ao que poderia ser construído naquele lugar”, explica.

A parceria com a Prefeitura de Curitiba acontece desde 2008, por meio do projeto Biocidade. De acordo com Erica Costa Mielke, diretora do departamento de pesquisa e monitoramento da SMMA e uma das palestrantes do evento, com a urbanização e o crescimento da população é preciso encontrar soluções para melhorar ou reduzir as perdas de biodiversidade. “A demanda por espaços nas cidades é cada vez maior. A sociedade uma vez convencida de seu papel pode ajudar a encontrar alternativas e até mesmo participar desses projetos, garantindo, por exemplo, que áreas naturais sejam conservadas”, afirma.

Além da palestra com a Sra. Erica Mielke, o proprietário da RPPNM Barigui, Sr. Juliano Correia, contará sobre a experiência de ter transformado seu imóvel em uma unidade de conservação. Os proprietários também assistirão a apresentação do engenheiro florestal da Sociedade Chauá, Christopher Thomas Blum, que falará sobre a conservações de espécies nativas e áreas naturais. De acordo com ele, tais informações são úteis para combater a chamada globalização da natureza, que consiste na simplicidade de ecossistemas e a perda da biodiversidade. “É importante diferenciar a planta nativa da exótica invasora, que pode gerar impactos ecológicos, econômicos, culturais e para a saúde. Os lírios do brejo, por exemplo, se proliferam rapidamente e não deixam as árvores crescerem”, relata.

A condômina Terezinha Vareschi, que faz parte do ConBio há quatro anos, já foi atrás do que é necessário para transformar sua propriedade de 36.000 hectares em RPPNM. A reserva ainda não foi criada, mas possui até nome e logomarca: Estação Ambiental Airumã e, pela segunda vez, vai servir de local para as discussões deste encontro.

Para Terezinha, o ConBio é um incentivo para as pessoas irem atrás da conservação. “O contato com a natureza proporciona o equilíbrio do ser humano, ajuda na saúde e no bem estar. Visto o momento atual de tragédias, preservar é um dever sagrado para a perpetuação de nossa espécie e pela qualidade de vida de gerações futuras”, conclui.

Mais sobre o ConBio:

O Condomínio da Biodiversidade (ConBio) é um grupo sem fins lucrativos mantido por parcerias entre pessoas físicas, empresas, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e as instituições SPVS – Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental – e Mater Natura Instituto de Estudos Ambientais. Criado a partir da preocupação com as áreas naturais remanescentes da Região Metropolitana de Curitiba, o projeto envolve mais de 300 proprietários e tem potencial de preservação de 14 milhões de metros quadrados de florestas nativas no meio urbano. A meta é atingir 500 integrantes do ConBio até 2011.

Sobre a SPVS:

A Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) é uma instituição do Terceiro Setor brasileira, sediada no estado do Paraná, que tem uma história de mais de 26 anos em favor da conservação da natureza. Entre as iniciativas da instituição, estão projetos para proteção de áreas nativas e de espécies ameaçadas de extinção – especialmente nas formações de Floresta Atlântica e Floresta com Araucária –, recuperação e restauração ambiental, campanhas de sensibilização pública e educação ambiental. Mais informações em www.spvs.org.br.

Serviços:

Data: 09/04/2011
Horário: 9h
Local: Airumã Estação Ambiental, Rua Fredolin Wolf, 3.539 – Santa Felicidade - Curitiba/PR
Informações: 3339-4638 ou 3094-4602. Vagas limitadas


Condomínio da Biodiversidade - ConBio
http://www.condominiobiodiversidade.org.br/


SPVS - Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental
Tels.: (41) 3094-4602 e 3339-4638
http://www.spvs.org.br/